Ansiedade normal e patológica


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O que difere a ansiedade normal da patológica?

O homem é capaz de estabelecer três formas de contato: consigo mesmo, com o mundo e com as fantasias.
É no terreno das fantasias que a ansiedade se manifesta, pois é na possibilidade de ser que ela se apresenta. Tudo o que não é concretamente, faz parte da dimensão da fantasia (abstrato).

Podemos dizer que existem dois tipos de ansiedade: aquela considerada normal, ou essencial para o ser humano existir, e uma outra considerada patológica. 

A ansiedade que paralisa, que leva ao impasse é considerada ansiedade patológica, enquanto que a ansiedade normal é extremamente importante para o ato criativo e nos permite atender às demandas internas.

A ansiedade é anterior ao medo. Ela é difusa, enquanto que o medo é mais claro e objetivo. A ansiedade paralisa. O medo leva à ação. Esta ação pode ser de fuga ou de ataque. Podemos dizer que o medo tem "nome", significado, enquanto que a ansiedade é muito mais abstrata. A ansiedade ainda está sempre ligada a ideia de catástrofe, algo que é muito grave para o indivíduo, que possa impedi-lo de agir.

O que diferencia a ansiedade normal da patológica é a forma como você lida com ela, o diálogo que você estabelece com a ansiedade, a fim de transformá-la. O controle e a certeza são indicativos de uma ansiedade patológica ou disfuncional. Enquanto que o cuidado e a confiança são indicativos de uma ansiedade funcional ou existencial. Sugiro que você preste atenção em si mesmo. Como você reage às situações ansiógenas?

Medo e ansiedade em uma viagem

Podemos encontrar ambos em uma situação de viagem. Um indivíduo pode, por exemplo, ter medo de voar e para isso desenvolver recursos para lidar e se ajustar à essa demanda interna (fazer terapia, buscar uma tratamento médico para aliviar os sintomas com medicação, fazer exercícios de meditação, respiração, etc). Em contrapartida, essa sensação pode ser uma ansiedade de voar, onde ele fica paralisado, em pânico (pode até ter um ataque de pânico) e não consegue encontrar formas para se ajustar, muitas vezes, evitando as viagens de avião. O comportamento de evitação é característico da ansiedade.

O mesmo com o desconhecido. Viajar para fora do país provoca sentimentos diversos. Muitos têm medo de se perder no mundo e acabam buscando recursos para evitar ou enfrentar esse medo. Alguns planejam detalhe por detalhe da viagem para que nada saia do planejado, outros visualizam os locais no Google Earth, para visualizar o local que visitará. Alguns estudam o idioma local para garantir a comunicação. Todas estas são formas de enfrentamento.

E como lidar com ambos para tentar relaxar e melhor curtir a viagem?

A primeira dica é tentar transformar a ansiedade em medo. É preciso tomar consciência do se teme. Não adianta o outro falar: mas viajar de avião é muito mais seguro do que de carro. Ou, isso é coisa da sua cabeça. Ou ainda, tenha a dó você não tem medo de fazer rafting mas tem medo de avião.  

É preciso acolher a parte real da ansiedade do indivíduo: o que você mais tem medo que aconteça ao andar de avião? Realmente essa possibilidade existe, assim como existe a não possibilidade. Vamos pensar na possibilidade, o que podemos fazer para lidarmos com essa possibilidade?

Uma dica para momentos de ansiedade é expirar até o total esvaziamento dos pulmões, ao invés de inspirar (como é comum ler e ouvir por aí). Ao expirar, você libera o CO2 residual dos pulmões e se esvazia dos conteúdos nocivos, para dar lugar ao novo quando a inspiração natural acontecer.

A ansiedade clama por uma mudança na forma de ser. As possibilidades de ser precisam ser ampliadas e ressignificadas.

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