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Como tudo começou...

Sobre mim e sobre o blog

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Quem sou eu? Meu nome é Priscila, tenho 39 anos, sou casada com o Pedro e mãe do Matteo (11 anos) e do Lucca (8 anos). Quando tinha 17 anos de idade, vivi um dilema: a escolha da profissão. Minhas duas opções eram completamente diferentes: turismo e psicologia. Depois de muito pensar, optei pela psicologia. Formei-me em 2000 e desde então já atuei nas mais diversas áreas. Hoje, tenho um consultório e trabalho como psicóloga clínica, atendendo adultos, crianças e adolescentes. Nas horas vagas eu viajo. Seja no imaginário ou no real. Nessas horas me conecto com a parte que deixei pra trás aos 17 anos. Há mais ou menos 2 anos, fiz um curso sobre propósito de vida. Nele, resgatei diversos sonhos de infância. O turismo era um deles. Durante o curso fiquei pensando em como aliar a psicologia ao turismo, de forma que pudesse ampliar a consciência das pessoas para algo que tanto me proporciona prazer, com o conhecimento que adquiri por todos esses anos e que tanto dá sentido à min

Sobre a capacidade da criança se preocupar com o outro

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A partir de quando uma criança é capaz de se preocupar com o outro? Hoje vamos abordar um pouco um assunto que li e vivenciei muitas coisas nos últimos 2 meses: a empatia. São 10h00, estou com minha família e amigos em um praia relativamente tranquila do litoral paulista quando, de repente, começam a chegar mais e mais famílias munidas de suas cadeiras de praia, guarda-sóis e caixas de som. Apesar da distância de uns 20 metros entre uma família e outra, o funk (que poderia ser qualquer coisa: MPB, Sertanejo, Erudito, New Age, Axé, Pagode, Rock n' Roll) começa a rolar solto entre os frequentadores, onde o cruzamento de diversas músicas conduzem a batidas descompassadas e letras embaralhadas que confundem qualquer ouvinte desavisado cujo primeiro pensamento é que deveria ter providenciado a sua caixa para que a do outro não afetasse seus tímpanos e sua saúde mental. O desespero daqueles que viajaram sem sua caixa de som, para curtir e relaxar na praia é nítido. Pelo que ouvi, i

Sobre as férias... os combinados entre pais e filhos!

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Combinados nas viagens. Essencial para a profilaxia do stress! Recentemente, recebi muitos comentários pessoalmente ou pelo Face elogiando a forma como criamos ou educamos nossos filhos. Sempre digo que não tem manual, senão escreveria um e não precisaria trabalhar até as 22h00 todos os dias no consultório. Rsrsrs Confesso que muito do que eu e meu marido realizamos hoje é composto de um mix de conhecimentos: técnicos (pela minha formação em psicologia, claro), vivenciais (pelo que vivenciamos através da nossa infância, com a criação e educação que recebemos de nossos pais) e pela observação da vida alheia . Simmmmm, é isso mesmo! Sempre que estamos em ambientes sociais, observamos. Inconscientemente, selecionamos o que serve e o que vai para a "lixeira". Aprendemos com as experiências alheias e descartamos, também, muitas delas. Ficamos felizes que inspiramos alguns pais e que muitos admirem nossa postura, mas é mera tentativa e erro. Nem tudo funciona com todo

Arrumando as malas - tarefa de todos da família

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Quem faz as malas das viagens da sua família? Quando bebê, as noções de grandeza, medidas e proporções são apreendidas na prática, tentando encaixar as peças do brinquedo nos buracos, tampar os potes, entrar em espaços limitados, alcançar algo que está distante, etc. Essas aquisições infantis são essenciais para o jovem que começa as aulas de volante, para aquele que cozinha, o que deseja se tornar um engenheiro civil ou qualquer outra profissão ou hobby que pressuponha uma boa compreensão dessas noções (ou seja, a vida em si).  Fazer as malas é mais do que chato (sim, acho mto chato, rsrsrs), é um ato de grande organização. Tanto é que muitos sites ensinam como realizar essa proeza de maneira profissional. Planejar a quantidade de roupas para o número de dias que estará viajando. Checar o clima, temperatura, cultura do local para onde se vai. Fazer caber tudo. Combinar as peças para otimizar o processo. Embalar bem os produtos de higiene para não vazar durante o trajeto. Levar m

Ecoturismo com crianças, será?

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Um aprendizado desde pequeno Domingo, último dia do feriadão de outubro, aproveito para escrever sobre as incríveis experiências de vida que proporcionamos aos nossos pequenos ao realizar um roteiro de ecoturismo. Afinal, nossas últimas duas viagens, nos últimos dois feriados, para Extrema e Monte Verde - MG, foram com essa finalidade. Como já disse aqui, somos uma família de quatro: eu, marido, Lucca de 8 e Matteo de 11 anos. Desde pequenos, nossos filhos nos acompanham em aventuras, umas mais, outras menos radicais. Seja em trilhas, cachoeiras, praias desertas ou mesmo fazendo tirolesa, arvorismo, cavalgada . Recentemente, compramos um jipe 4x4 para viver nossa grande paixão em grande estilo. E foi a melhor aquisição dos últimos tempos, pois ele tem nos levado para lugares ainda mais incríveis! O fato é que viajar para locais de ecoturismo é olhar a vida por um outro prisma! A começar pela contemplação da natureza , fator este que traz inúmeros benefícios para a saúd

Ansiedade normal e patológica

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O que difere a ansiedade normal da patológica? O homem é capaz de estabelecer três formas de contato: consigo mesmo, com o mundo e com as fantasias. É no terreno das fantasias que a ansiedade se manifesta, pois é na possibilidade de ser que ela se apresenta. Tudo o que não é concretamente, faz parte da dimensão da fantasia (abstrato). Podemos dizer que existem dois tipos de ansiedade: aquela considerada normal, ou essencial para o ser humano existir, e uma outra considerada patológica.  A ansiedade que paralisa, que leva ao impasse é considerada ansiedade patológica , enquanto que a ansiedade normal é extremamente importante para o ato criativo e nos permite atender às demandas internas. A ansiedade é anterior ao medo. Ela é difusa, enquanto que o medo é mais claro e objetivo. A ansiedade paralisa. O medo leva à ação. Esta ação pode ser de fuga ou de ataque. Podemos dizer que o medo tem "nome", significado, enquanto que a ansiedade é muito mais abstrata. A a

As funções executivas e o planejamento de uma viagem

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O que planejar uma viagem pode ensinar aos seus filhos? Tornar nossos filhos ativos no processo de planejamento de uma viagem, fornece aprendizados que eles poderão aplicar em diversas situações. Durante as férias de julho, Matteo (11 anos) ficou muito angustiado com a quantidade de lição que ele tinha que fazer durante as férias e o tempo que ele teria para isso. Aproveitei as pra explicar para ele como fiz com o planejamento da nossa viagem. Como me programei financeiramente para poder arcar com os custos, como comprei ingressos e passagens de trem com antecedência, como reservei carro e hotéis, uma vez que não fomos com pacotes de agências e que essa tarefa fica sempre para mim, depois que definimos o local para onde queremos viajar. Fui explicando desde a retirada dos passaportes deles, que demoram para sair, as planilhas de custos efetivos e custos previstos, as metas de compras por mês e que critérios adotei para priorizar uma ou outra compra (a Torre Eiffel, por exempl

Viajar - Uma busca de sentido para a vida

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Prazer, poder ou busca de sentido para a vida? No século passado, três grandes expoentes da psicologia de Viena tornaram-se famosos por seus pensamentos: Freud, Adler e Frankl. Freud acreditava que o homem era movido por impulsos em busca do prazer. Adler pensava que estes impulsos tinham um objetivo principal: o poder . Frankl, por sua vez, defendia que o ser humano se move na busca de sentido , condicionado pelo prazer e pelo poder, mas dotado de liberdade de escolha e não dominado por impulsos. Viktor Frankl, psicoterapeuta existencial criador da Logoterapia (terapia centrada na busca de sentido), diz que os caminhos de descoberta para o sentido da vida podem ser criativos, vivenciais ou atitudinais . Os criativos são aqueles capazes de oferecer algo ao mundo, como escrever um livro, fazer um filme, compor uma música. Os vivenciais ocorrem quando, além de dar, descobrimos que podemos receber algo do mundo, como amar alguém, contemplar a natureza ou a arte. Os atitu